quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Queda de cabelo


Queda de cabelo, calvície ou alopecia é um problema comum em homens e mulheres, mas devido a diferentes razões.

A identificação da causa para queda de cabelo é essencial para um tratamento eficaz. Algumas medidas devem ser tomadas para melhorar a resposta, porém o tratamento deve ser prescrito e orientado pelo médico, em especial o dermatologista.

Causas e tratamentos da queda de cabelo
•Alopécias cicatriciais
•Alopécia areata
•Alopécias mecânicas
•Queda de cabelo devido a doenças infecciosas
•Queda de cabelo devido a causas sistêmicas
•Alopécia feminina difusa
•Calvície (alopecia seborréica)


Alopécias cicatriciais
Queda de cabelo causada por traumatismo, queimaduras químicas ou físicas ou exposição a agentes radioativos usados com finalidade terapêutica.

Podem ainda ser devidas a doenças que evoluem para atrofias ou cicatrizes, tais como piodermites, paracoccidioidomicose, leishmaniose, tuberculose, sarcoidose, herpes zoster, linfomas, tumores, líquen plano, esclerodermia, lúpus eritematoso fixo, pseudopelada de Brocq e foliculite descalvante.

O tratamento deste tipo de queda de cabelo é combater a doença para impedir a atrofia ou cicatriz. Na fase de seqüela com atrofia, quando possível, pode-se fazer o implante de cabelos.



Alopécia areata (pelada)
Apresenta-se como áreas sem cabelo, arredondadas ou ovalares de tamanhos variados, únicas ou múltiplas, isoladas ou confluídas, sem alteração da pele, a não ser discreta hipotonia. Podem ocorrer no couro cabeludo e/ou em outras regiões pilosas. Em alguns casos, evolui para perda total dos cabelos.

A causa é desconhecida, podendo estar relacionada a distúrbios emocionais, infecções ou ataques do próprio sistema imunológico.

O tratamento da alopecia areata inclui:

•Tratar as possíveis causas, dando especial atenção aos distúrbios psíquicos e se necessário solicitar a colaboração do psiquiatra.
•Medicações rubefacientes em aplicações diárias ou em dias alternados. Estes medicamentos aumentam a circulação do sangue no local e de modo geral provoca a repilação.
•Medicamentos corticóides em solução ou pomada podem ser úteis. A sua ação é baseada na supressão do sistema imunológico no local.
Índice

Queda de cabelo de causa mecânica
Quando a queda de cabelo é devido a fatores físicos sobre o couro cabeludo, o tratamento é procurar afastar as causas. Em casos antigos, nos quais a ação traumatizante se fez por longo tempo, a alopécia pode tornar-se irreversível. Exemplos:

•Recém-nascidos: perda de cabelo, principalmente na região occipital, provavelmente devido à criança permanecer deitada por longo tempo. É transitória, não necessitando de tratamento.
•Certos penteados que provocam maior tração dos cabelos, comprometendo as regiões fronto-temporais e periferia do couro cabeludo.
•Também pode ser causada pelo uso de chapéus, quepes ou outros agentes compressivos.
•Pode ainda ocorrer em doentes que permanecem deitados por longo tempo.
•Tricotilomania: em pessoas que adquirem o hábito de arrancar os próprios cabelos e pêlos, surgem áreas de alopécia, nas quais os cabelos apresentam-se de diferentes comprimentos. O tratamento consiste em investigar e tratar a causa, em geral psicológica. O acompanhamento no psiquiatra é necessário.


Queda de cabelo devido a doenças infecciosa
Doenças infecciosas com febre alta durando de 3 a 5 dias podem causar queda de cabelo difusa, que se surgem entre 75 e 90 dias após o episódio febril. Nestes casos, os cabelos nascem novamente, sem tratamento.

Na infecção por sífilis podem ocorrer áreas de rarefação de cabelos e/ou pêlos, constituindo a clássica alopécia em clareira. Após o tratamento da sífilis há recuperação dos cabelos e pêlos.

Na hanseníase pode haver alopécia, em geral acompanhada de anestesia e anidrose. É comum a perda de pêlos no terço externo dos supercílios (madarose). Costuma ser irreversível, mesmo com o tratamento específico.



Queda de cabelo de causas sistêmicas
Pode ocorrer alopécia difusa em várias doenças que acometem o organismo como um todo:

•Lúpus eritematoso sistêmico,
•Dermatomiosite,
•Anemia ferropriva,
•Doenças carenciais e debilitantes,
•Diabetes,
•Hipertiroidismo,
•Hipotiroidismo,
•Doença de Addison.
O tratamento é o da doença sistêmica, ou seja, geralmente combatendo a causa, os cabelos crescem novamente.

Em mulheres, após o parto, é comum a observação de alopécia difusa do couro cabeludo. Geralmente é pouco intensa, dura alguns meses e regride. A regressão do quadro pode ser favorecida com o uso de rubefaciente, a administração de complexos vitamínicos e apoio psicológico.



Alopécia feminina difusa
Este tipo de queda de cabelo apresenta diminuição de cabelos nas regiões fronto-parietais, de modo difuso, persistindo cabelos mais curtos e afilados; a pele perde parte da elasticidade, podendo ser acompanhada de seborréia.

Em geral a queda está associada a perturbações hormonais, com aumento da progesterona, menopausa, ou pelo uso de injeções de andrógenos com fim de tratamento de outro distúrbio. O diagnóstico é realizado pelo médico, que geralmente solicita exames de dosagens hormonais.

Tratamento deste tipo de queda de cabelo depende do resultado das dosagens hormonais, podendo ter indicação o uso de preparados antiandrogênicos, associados a estrógenos, a fim de combater a desregulação hormonal.



Calvície ou alopécia seborréica
Este tipo de queda de cabelo é mais comum no homem. A queda inicia-se nas regiões fronto-parietais e/ou no vértice, podendo progredir e atingir toda a parte central do couro cabeludo.

Freqüentemente encontra-se seborréia do couro cabeludo, ou seja, aumento de oleosidade. Geralmente é tanto mais grave quanto mais precoce é o início da queda de cabelo.

Em mulher a alopécia atinge principalmente a parte central do couro cabeludo e excepcionalmente ocorre a perda total dos cabelos. Muito mais rara.

O tratamento da calvície pode retardar ou interromper o processo, e quanto mais precoce o tratamento, melhor o resultado. Os tratamentos disponíveis são:

•A finasterida é um medicamento utilizado no tratamento da calvície com bons resultados na interrupção da queda e no fortalecimento de capilar.
•Minoxidil para uso local em loções com resultados favoráveis, porém tem que ser usado por vários meses (3-4 meses).
•Para o tratamento da seborréia, recomenda-se o uso de sabonetes sulfurosos, xampus à base de coaltar, zinco ou cetoconazol.
A suspensão do uso poderá acarretar a queda dos cabelos recuperados, voltando à situação inicial.

Medidas gerais tais como correção dos distúrbios emocionais, alterações hormonais, deficiências dietéticas, controle de pressão arterial, evitar o uso exagerado de descolorantes ou tinturas.

Uma vez estabelecida a calvície o único recurso terapêutico é implante de cabelos, que até o momento vem apresentando resultados satisfatórios.

Fonte : http://www.bancodesaude.com.br/queda-cabelo/queda-cabelo

Estados Unidos liberam fundos de pesquisas com células-tronco




Presidente Barack Obama já havia cancelado uma restrição para este tipo de estudo no começo do ano

O governo americano aprovou nesta quarta, 2, pela primeira vez o uso de fundos federais para experimentos com células-tronco de embriões humanos, em uma mudança de postura em relação à administração anterior, neste controverso campo que é a pesquisa biomédica.

A rede de Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla m inglês) autorizou o uso de 11 linhas de crédito para pesquisa com células-tronco produzidas por cientistas em Boston, e duas linhas criadas para pesquisadores da Universidade Rockfeller, em Nova York.

Todas as células foram obtidas de embriões abandonados por casais nas clínicas para tratamento de infertilidade. Nos Estados Unidos há aproximadamente meio milhão de embriões congelados que provêm de clínicas de fertilização artificial. Em sua grande maioria, sendo usadas ou não para pesquisa, estes embriões acabam sendo destruídos.

"Esta é uma mudança real", disse o diretor da NIH, Francis Collins. "Este é o início do que será uma leva muito maior, que permitirá que a comunidade científica explore o potencial da pesquisa sobre as células-tronco de embriões".

No começo de março, o presidente Barack Obama cancelou uma restrição imposta em 2001 por seu antecessor, George W. Bush, que limitava o financiamento federal para as pesquisas com células-tronco às 21 linhas obtidas até aquela data.

As células-tronco têm a capacidade de se modificar em diferentes tipos de tecido, e os cientistas acreditam que seu estudo e emprego permitirá o tratamento de doenças como o mal de Alzheimer.

As restrições impostas pelo governo de Bush responderam aos argumentos de grupos religiosos e conservadores que objetam ao uso de embriões para a "colheita" das células-tronco.

A restrição vigente durante o governo Bush foi mais um incômodo do que um obstáculo para as pesquisas das células-tronco nos Estados Unidos, visto que o setor privado continuou com os estudos, mesmo sem o apoio dos fundos federais.

Um dos efeitos práticos da restrição foi que as instituições que receberam financiamento federam separaram seus laboratórios, pessoal e protocolos, a fim de que as áreas que lidam com células-tronco trabalhem com recursos do governo.

Sem embargo, em quase meia dúzia de estados no país serão aprovadas leis que permitem o financiamento estatal de outras linhas de pesquisa do tipo.

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Fonte : http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,eua-liberam-fundos-de-pesquisas-com-celulas-tronco